quinta-feira, 7 de abril de 2016

TENEBRE - 1982

TENEBRE - 1982
Tenebre (Escuridão) é um filme do género policial-giallo / crime e mistério, dirigido / realizado por Dario Argento, e protagonizado por Anthony Franciosa, Giuliano Gemma e John Saxon.
Neste filme Giuliano Gemma foge ao seu habitual estereótipo de herói, e arrisco-me a dizer, que foi um dos seus raros bons trabalhos cinematográficos em que participiou (desculpem-me os fans de Giuliano Gemma), e comprova que a excepção faz a regra.
Eu nunca considerei o Giuliano
Gemma como um ator brilhante, porque de facto não o era, mas neste filme ele está muito bem no seu desempenho, graças a Dario Argento que não é um realizador / diretor qualquer.
Eu gostei imenso deste filme, apesar de Giuliano Gemma não ser o ator principal, aqui teve uma muito boa interpretação, contudo esta excelente obra cinematográfica, dentro do seu género, desiludiu os fans de Giuliano Gemma. Nada que não se estivesse à espera !


quarta-feira, 6 de abril de 2016

CINEMA - DÉCADA DE 70 : AS HISTÓRIAS DO "SESSENTA" ...

CINEMA - DÉCADA DE 70 : AS HISTÓRIAS DO "SESSENTA"
Na década de 70 havia um indivíduo conhecido como o "Sessenta" que era uma figura caricata que frequentava as salas de cinema e que era conhecido por todos devido à sua ingenuidade disparatada.
Existem várias histórias desta figura, algumas delas é preciso ter atenção devido ao seu português vernáculo.
Lembro-me de um desses casos passado na década de 70, junto à bilheteira do Cinema João Jardim, que hoje já n
ão existe, estava uma jovem a ver os cartazes do filme que seria exibido na próxima sessão. A jovem parecia estar indecisa, então o "Sessenta" na sua ingenuidade aproximou-se da jovem e diz; Esse é um filme com o Gringo, a menina pode confiar porque vale a pena, é um filme do caralhão ! - O que ele queria dizer é que era um bom filme.
Algumas vezes pontuais, o ator italiano Giuliano Gemma usou o pseudónimo Montgomery Wood, que era um nome com mais impacto internacional, então isso gerou uma certa confusão entre as pessoas que diziam que Montgomery Wood era o irmão gémeo de Giuliano Gemma. Num desses casos o "Sessenta" disse a alguém; Este filme também é muito bom, é com o irmão do Gringo, um filmaço do caralhão, vale a pena ver !
Certa vez estava o "Sessenta" a ver os cartazes dos "novos" filmes a estrear, e exclama; Caralho ! - mais um filme novo do Gringo (Giuliano Gemma), foda-se, tenho de ir ver, caralho !
Quando na sala de cinema passavam o trailer de um filme próximo a estrear, lá estava o "Sessenta" todo entusiasmado dizendo; Filho da puta do caralho, que grande "trálha", este deve ser um filmaço !
Mas o "Sessenta" também era conhecido como o "Drama", por ter a mania de contar ao pormenor todo o enredo do filme. Certa vez lá está ele a contar a "história" de um filme que tinha visto, e então dizia; O rapaz saiu montado a cavalo à procura da rapariga que estava presa numa cabana, depois de a desamarrar ela abraça o rapaz e começam no "cricanço" e o rapaz puxa-lhe as saias para cima e dá-lhe com a borracha. Depois aparecem os bandidos e eles fogem a cavalo para a cidade.
Certo dia estava o "Sessenta" lixado porque a lotação do cinema estava esgotada e bilheteira encerrada e ele não tinha conseguido bilhete. Então ele encosta-se à porta da entrada do cinema, bem junto a um grupo de moças que lá estavam, volta-se para uma delas e diz; Pena que a sala esteja com pulgas e baratas e a ainda por cima a enjoar a mijo (urina), chulé e "púpú". Uma dessas moças desiste e vende-lhe o bilhete.
Havia muitas destas "histórias" do "Sessenta", estas que aqui estão são as que lembro-me no momento.


O MEU MUNDO DA 7ª ARTE ...

O MEU MUNDO DA 7ª ARTE ! ...
RECORDAÇÕES DO PASSADO - 1ª Parte
Sou um "apaixonado" por cinema desde muito cedo e há quem chame a isso de vício, mas o cinema transportou-me para lugares inimagináveis na época em que eu tinha acabado de entrar na adolescência.
Estavamos no início da década de 70 quando eu comecei a dar atenção à 7ª arte, lembro-me que nessa altura não fazia ideia nenhuma do que era um bom ator, atriz ou realizador, o que realmente contava era o puro entretenimento que o cinema proporcionava. Ninguém da minha idade naquela altura discutia se a obra cinematográfica apresentada, era ou não, uma obra-prima.
Lembro-me que quando um filme apresentava uma cena cortada pela censura, ou por a cópia estar muito rodada, as pessoas faziam um barulho infernal de protesto por ter desaparecido alguns segundos do filme.
Na época na Cidade do Funchal existiam 3 salas de cinema, a melhor era o Cinema João Jardim, que era a que eu costumava ir, depois vinha as duas salas mais "pobres", o Cine Jardim e o Cine Parque, dois espaços que eu não gostava de ir porque estavam infestados de pulgas, e às vezes cheiravam mal, devido a certas pessoas que lá iam.
Ainda havia o Teatro Municipal, que era transformado em sala de cinema, era um local muito asseado, mas para assistir filmes só se fosse na platéia, porque nos camarotes não dava jeito nenhum, principalmente os que ficavam na lateral esquerda e direita.
Com a entrada da década de 80 apareceram mais três salas de cinema novas, Cine Santa Maria, Cine Casino e Cine Don João, que tinham boas condições, mas a maior sala era ainda o Cinema João Jardim.
Todas estas salas de cinema já não existem como tal, e os espaços foram aproveitados para outro tipo de atividades. Apenas sobrou o Teatro Municipal que de vez em quando exibe algum Festival de Cinema.
Com o encerramento destas salas de cinema, criou-se outras tantas que também já encerraram dando lugar outras novas salas que entretanto abriram, mas as boas recordações tenho da antiga sala do Cinema João Jardim.


 RECORDAÇÕES DO PASSADO - 2ª Parte
Com o aparecimento da Cassete de Video e dos Clubes de Video, na década de 80, surge a oportunidade de rever aqueles filmes que já tinha assistido nas salas do cinema, mas também a oportunidade de ver pela primeira vez todos aqueles filmes que desejava ter visto, mas por falta de oportunidade não vi, assim como outros filmes novos que iam surgindo, podendo assim assisti-los confortávelmente em casa.
Ao longo dos anos fui arranjando em DVD-Video todos aqueles velhos filmes que marcaram a minha adolescência e juventude, sinto alguma nostalgia, revejo os atores e atrizes que marcaram a geração dessa época, alguns entretanto já falecidos, outros aposentados do cinema, além de outros que ainda continuam em atividade. Recordar é viver e há muitos bons momentos que merecem ser recordados.
Tenho em arquivo os chamados filmes de culto, alguns deles são uma verdadeira raridade e muito difíceis de encontrar, de vez em quando vou recordando com muito prazer estes velhinhos clássicos do cinema internacional.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

GOLIATH AND THE SINS OF BABYLON - 1963

GOLIATH AND THE SINS OF BABYLON - 1963
Golias e os pecados da Babilónia, é um filme no género gladiadores dirigido / realizado por Michele Lupo e protagonizado por Mark Forest e Giuliano Gemma, num filme considerado fora do comum para este ator que estava em início de carreira.
Este é um filme dentro da linha de filmes do género "espada e sandálias" que se fez nas décadas de 50 e 60 e que depois foi caindo em desuso.
Este filme já foi editado em DVD-Video, uma ótima maneira de rever Giuliano Gemma em início de carreira.

HÉRCULES AND THE SONS OF THE SUN - 1964

HÉRCULES AND THE SONS OF THE SUN - 1964
Hércules e os filhos do sol, é um filme dirigido / realizado por Osvaldo Civirani e protagonizado por Mark Forrest e Giuliano Gemma, num filme considerado fora do comum para este ator que estava em inicio de carreira.
Este filme é uma raridade absoluta, após a sua estreia em 1964 e ter estado em exibição nas salas de cinema europeias, apenas foi editado uma única vez em video VHS e encontra-se até hoje por editar em DVD-Video ou em Blu-
Ray. É portanto uma relíquia para os cinéfilos em todo o mundo.
O enredo passa-se na invasão do Império dos Incas, que torna esta história um pouco surreal, porque o Império dos Incas na verdade foi invadido pelos espanhois sob o comando de Francisco Pizarro para roubar as riquezas incas que supostamente era o ouro, mas na realidade a tal riqueza era o milho e o trigo. Claro que a história deste filme trata a realidade de uma forma completamente diferente.
Quando este filme saíu em cassete de fita video VHS na década de 80, a crítica não foi nada abonatória classificando o filme como mal realizado / dirigido, mal filmado e mal interpretado. Mas não se assustem porque é um bom filme de entretenimento mesmo contando com a ausência de algum rigor histórico.

GIULIANO GEMMA OU MONTGOMERY WOOD, O GRINGO !

FACTOS VERÍDICOS : GIULIANO GEMMA OU MONTGOMERY WOOD, O GRINGO ! ...
O ator italiano Giuliano Gemma, ficou conhecido em Portugal como o "Gringo" devido aos filmes de cowboys que participou e ficou popularmente conhecido.
Na verdade este ator só fez 16 filmes no género western-spaghetti, ou coboíadas, entre as décadas de 60 e 70, o mais curioso é que só em dois deles usou uma personagem de nome Ringo, e apenas em um deles usou a personagem chamada Gringo. Esses três filmes for
am produzidos em 1965 e daí para cá nunca mais interpretou mais nenhuma personagem com o nome Ringo ou Gringo, por isso é difícil perceber porque é que as pessoas o chamavam "o gringo" quando referiam-se a Giuliano Gemma, mas por cá essa palavra ficou associada a este ator.
Algumas vezes pontuais Giuliano Gemma usou o pseudónimo Montgomery Wood, que era um nome com mais impacto internacional, então isso gerou uma certa confusão entre as pessoas que diziam que Montgomery Wood era o irmão gémeo de Giuliano Gemma. Quando isso acontecia era muito frequente ouvir as pessoas dizerem "este filme também é muito bom, é com o irmão do Gringo".
O termo Gringo significa forasteiro, mas pode-se aplicar a um individuo que seja desconhecido ou estranho ao local onde se apresenta, que significa o mesmo.
Lembro-me de um caso verídico passado na década de 70, junto à bilheteira do Cinema João Jardim, que hoje já não existe, estava uma jovem a ver os cartazes do filme que seria exibido na próxima sessão. A jovem parecia estar indecisa, então um individuo que era conhecido por "Sessenta" na sua ingénuidade aproximou-se da jovem e diz; Esse é um filme com o Gringo, a menina pode confiar porque vale a pena, é um filme do caralhão ! - O que ele queria dizer é que era um bom filme.
O filme em questão era O Dia da Ira (I Giorni Dell´Ira), Day of Anger, na versão inglesa, de 1967 protagonizado por Giuliano Gemma e Lee Van Cleef, que estreava em Portugal com uns oito (8) anos de atraso. Este foi talvez o melhor western-spaghetti de Giuliano Gemma.

I GIORNO DELL´IRA / DAY OF ANGER - 1967

I GIORNI DELL´IRA / DAY OF ANGER - 1967
O Dia da Ira, é um filme dirigido / realizado por Tonino Valerii, e protagonizado por Giuliano Gemma e Lee Van Cleef. Este filme é por muitos considerado como o melhor western-spaghetti de Giuliano Gemma entre os 16 filmes deste género em que participou como protagonista.
Aqui, Giuliano Gemma divide o protagonismo com Lee Van Cleef, um ator norte-americano que viveu cerca de 15 anos na italia e participou em inúmeros western-spaghetti de produção italiana.
Para quem se lembra vagamente, este é o filme em que Giuliano Gemma faz o papel de moço de recados da cidade, como faxineiro e tratador de porcos, alvo da chacota de toda a cidade.

domingo, 3 de abril de 2016

ERIK IL VICHINGO - 1965

ERIK, IL VICHINGO - 1965
Erik, o Viking, é um filme épico dirigido / realizado por Mario Caiano e tem como protagonistas Giuliano Gemma e Gordon Mitchell, que logo após a conclusão deste filme viriam alcançar maior notariedade com os western-spaghetti, género cinematográfico em que Giuliano Gemma se tornou muito popular.
Quem conheceu Giuliano Gemma através dos vários western-spaghetti que participou e popularizou, vai achar estranho a sua presença neste filme, mas na verdad
e este filme é anterior ao seu inicio nos western-spaghetti que também ocorreu no ano de 1965.
Além deste filme, Giuliano Gemma iniciou-se em 1965 no género western-spaghetti com quatro filmes (4), Una Pistola Per Ringo, Il Ritorno di Ringo, Adiós Gringo, Un Dollaro Bucato, num recorde total e absoluto de cinco (5) filmes em apenas um ano.
Embora já tivesse participado em dois filmes de sucesso relativo, Goliath And The Sins of Babylon, de 1963, e Hércules And The Sons of The Sun, de 1964, em que era co-protagonista, (o protagonista era o ator Mark Forest), foi com este Erik, o Viking, que lhe abriu as portas para a fama, mas com a ressalva que foi com os western-spaghetti que atingiu a sua grande popularidade.


L´ARCIERE DI FUOCO - 1971

L´ARCIERE DI FUOCO - 197I
Este filme também conhecido como L´arciere di Sherwood, dirigido / realizado por Giorgio Ferroni, tem como protagonistas Giuliano Gemma, Mark Damon e Mario Adorf, e conta as aventuras de Robin Hood, ou seja, Robin dos Bosques da floresta de Sherwood.
O filme teve o titulo em inglês The Archer of Fire, que em português teve o titulo traduzido à letra para O Arqueiro de Fogo.
Vi este filme na década de 70 e achei estranho o Giuliano Gemma fazer este gé
nero de papel, pois estava habituado a vê-lo só nos western-spaghetti que foram o género de filmes em que este ator se tornou muito popular. Na época eu estava longe de imaginar que o inicio da carreira deste ator foi precisamente em filmes épicos de gladiadores, embora este não seja um filme típico de época dos gladiadores, mas sim, centrado na chamada época da idade média.
Anteriormente Giuliano Gemma já participado em produções cinematográficas mais ou menos dentro deste género, como em Golias e os pecados da Babilónia, em 1963 ou Hécules contra os fillhos do sol, de 1964, e ainda Erik o viking, em 1965, antes de se notabilizar como grande astro do western-spaghetti, um género que lhe trouxe fama mundial.
O Arqueiro de Fogo é um bom filme dentro do género e não deixa de nos surpreender ver Giuliano Gemma vestir o papel de Robin Hood.


IL BASTARDI / THE BASTARD - 1968

IL BASTARDI / THE BASTARD - 1968
Este é um filme de produção italiana dirigida por Duccio Tessari (realizador) e tem como protagonistas Giuliano Gemma, Klaus Kinski, Rita Hayworth, Margaret Lee e Claudine Auger.
O filme foi lançado nos Estados Unidos com o titulo alternativo Sons of Satan, e na Inglaterra com o titulo The Cats, porque já havia um outro filme com o titulo The Bastard que tinha sido lançado nesses países. Mais tarde o filme voltou a ser relançado na versão ingl
esa com o titulo original : The Bastard.
Este filme é um policial-giallo em que o enredo conta a história de dois irmãos que fazem um assalto onde roubam diamantes. Um dos irmãos é traído pelo outro e deixado às portas da morte e mais tarde procura vingança.
Neste filme temos de dar uma especial atenção a Rita Hayworth, uma grande estrela de Hollywood na década de 40 e 50 cuja carreira acabou em declínio na década de 60 acabando por participar em filmes de baixo orçamento, série-B, como este em que faz o papel de mãe dos dois personagens principais. Quando fez este filme já sofria de Alzheimer, o que a obrigou a se aposentar do cinema em 1973.
Os filmes giallo era o termo pelo qual eram designadas as produções cinematográficas italianas no género policial, crime, sexo e violência, assim como o western-spaghetti era a designação para os western de produção cinematográfica italiana.


sábado, 2 de abril de 2016

AFRICA EXPRESS - 1975

AFRICA EXPRESS - 1975
É um filme de aventura com produção italiana que tem como protagonistas Giuliano Gemma, Ursula Andress e Jack Palance. É um filme dirigido / realizado por Michele Lupo.
Este filme apresenta Giuliano Gemma no papel de um aventureiro como guia e batedor em solo de um país africano em uma interpretação que não lhe era habitual ao seu estilo no cinema.
Devido ao sucesso de bilheteira deste filme, seguiu-se uma sequela em 1976 com o titulo Safari Express, que também obteve muito bons resultados de bilheteira. Ambos os filmes são idênticos sem diferenças entre si e a originalidade entre ambos é práticamente inexistente.
Tanto o Africa Express, como o Safari Express, mantém o mesmo elenco principal, mas têm diretores / realizadores diferentes.

SAFARI EXPRESS - 1976

SAFARI EXPRESS - 1976
É um filme de aventura com produção italiana que tem como protagonistas Giuliano Gemma, Ursula Andress e Jack Palance. É um filme dirigido / realizado por Duccio Tessari.
Este filme apresenta Giuliano Gemma no papel de um aventureiro como guia e batedor em solo de um país africano em uma interpretação que não lhe era habitual ao seu estilo no cinema.
Este filme é a sequela de Africa Express, de 1975, que também obteve muito bons resultados de bilheteira. Ambos os filmes são idênticos sem diferenças entre si e a originalidade entre ambos é práticamente inexistente.
Tanto o Africa Express, como o Safari Express, mantém o mesmo elenco principal, mas têm diretores / realizadores diferentes.

ANCHE GLI ANGELI MANGIANO FAGIOLI - 1973

ANCHE GLI ANGELI MANGIANO FAGIOLI - 1973
O filme " Até os anjos comem feijões" produzido em 1973 é uma comédia italiana cujo enredo se passa nos Estados Unidos dos anos 20 do século xx.
Este filme tem como protagonistas a dupla Bud Spencer e Giuliano Gemma, que aqui substitui Terence Hill que estava ocupado numa outra produção cinematográfica.
O filme inicialmente foi projetado para a dupla Terence Hill e Bud Spencer, mas como o Terence Hill não estava disponível no momento,
afim de cumprir prazos tiveram de o substituir por um outro ator que também era muito popular na época, Giuliano Gemma, cujo físico se assemelhava muito com o Terence Hill, contudo a dupla Bud Spencer e Giuliano Gemma ficou mesmo só por este filme, enquanto a dupla Terence Hill e Bud Spencer fizeram 18 filmes juntos.
Em 1974 foi produzido a sequela "Até os anjos batem com a direita" com Giuliano Gemma e Ricky Bruch, que substituiu Bud Spencer, e que tinha algumas semelhanças físicas com esse ator.

ANCHE GLI ANGELI TIRANO DI DESTRO - 1974

ANCHE GLI ANGELI TIRANO DI DESTRO - 1974
O filme " Até os anjos batem com a direita" produzido em 1974 é uma comédia italiana cujo enredo se passa nos Estados Unidos dos anos 20 do século xx.
Este filme tem como protagonistas a dupla Giuliano Gemma e Ricky Bruch, e é a sequela do filme "Até os anjos comem feijões" produzido em 1973 e que tem como protagonistas Bud Spencer e Giuliano Gemma.
Segundo consta, Bud Spencer recusou entrar nesta sequela, tendo preferido fazer um outro filme com o seu amigo Terence Hill com o qual fez 18 filmes juntos e foram uma das mais bem sucedidas duplas da história do cinema italiano.
Neste filme Bud Spencer é substituído pelo ator Ricky Bruch, que ficou mais ou menos à altura do papel no seu desempenho nesta sequela.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

SERGIO LEONE E A TRILOGIA DOLARES ...

SERGIO LEONE E A TRILOGIA DOLARES
1964 - A FISTFUL OF DOLLARS
1965 - FOR A FEW DOLLARS MORE
1966 - THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY
Director / Realizador : Sergio Leone
ACTORES : Clint Eastwood, Gian Maria Volonté, Lee Van Cleef, Eli Wallach
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Se, há mais de quarenta anos, um italiano doido não tivesse resolvido realizar seu grande sonho de filmar westerns no velho continente, talvez, hoje, Ennio Morricone não tivesse uma poltrona almofadada na história da música, Clint Eastwood passaria de ícone e diretor oscarizado a limpador de piscinas em São Francisco, o spaghetti western seria uma página de curiosidades mórbidas no livro secular do cinema, e, certamente, o mundo teria perdido uma das maiores trilogias e mais belas odes à violência já vistas.
Sergio Leone, o italiano em questão, diretor também da absurda Trilogia da América, mudou a história da 7ª arte ao amplificar o mais ínfimo detalhe de cena ou linhas de expressão em elementos fundamentais do seu soneto visual. Poucos compreenderam tão bem quanto ele o poder de um rosto na tela. A Trilogia dos Dólares, bem mais que um desconhecido metendo bala e levando grana pra cima e pra baixo, é o grande quadro de um velho oeste nunca visto até então. Tão violento e sujo como antes, mas nunca, nunca tão detalhado, tão cultuado, tão inesquecível. Leone saiu da Velha Bota disposto a mostrar ao mundo que resplandecente beleza pode haver na morte de uns vagabundos por algumas moedas.
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POR UM PUNHADO DE DOLARES (Per um Pugno di Dollari, 1964)
"A FISTFUL OF DOLLARS"
O começo, apesar de modesto, dá bons sinais do que poderia se esperar de Sergio Leone. Por um Punhado de Dólares é o “pior” filme do diretor (sem contar O Colosso de Rodes, de 1961), e mesmo assim, é fantástico. Xerocando na cara dura Yojimbo (Akira Kurosawa, 1960), e desenhando uns pares de chapéus de aba larga e revólveres no lugar das espadas, Leone exercitava seu famigerado estilo de tomadas longas, contemplação quase tributária à poeira do Oeste, e close-ups que invadiam a alma dos personagens.
No filme, Clint Eastwood dá vida pela primeira vez ao “pistoleiro sem nome” (chamado em dado momento de “Joe” pelo agente funerário do lugar, o que pouco importa), que chega (montado numa mula e com uma roupa se desmanchando de curtida) à remota cidadela mexicana de San Miguel, um povoado repartido por dois grupos rivais, os Rojo e os Baxter. O Sem Nome (que, como bem diz Tuco no final de Três Homens em Conflito, é um grandessíssimo filho da mãe) percebe que pode ganhar um bom dinheiro com a situação. Porém, ele encontra em Ramón (o ótimo Gian Maria Volonté) um pistoleiro à altura no grupo dos Rojo.
Sem Nome serve apenas a seus próprios interesses, algo com que as pessoas teriam que se acostumar até os dois filmes seguintes. O Velho Oeste está esquecido por Deus, e quem tem um revólver carregado na mão é o detentor da palavra sagrada, usando-a como bem entender. Assim, o protagonista não tem receio em mudar de lado na luta entre os dois grupos quando melhor lhe convir. No entanto, ainda há (neste primeiro filme) uma preocupação no estabelecimento de papéis entre o pistoleiro e Ramón (no sentido de herói x vilão), quando o personagem de Volonté dá as caras logo executando uma chacina, e o de Eastwood demonstra certa humanidade ao ajudar uma família a fugir da cidade (aliás, este é o único fato que dá pistas do seu passado ao longo de toda trilogia, o que viria a ser confirmado mais tarde no terceiro filme, presumindo, é claro, que se trate do mesmo homem).
Por um Punhado de Dólares é sem dúvida o filme mais sério e violento da trilogia. Além da longa surra que Sem Nome leva, o extermínio de uma família inteira não é algo simplesmente prático (e também chocante) como em Era uma Vez no Oeste (muitíssimo bem representado, neste especial, pelo Pedro Kerr), mas verdadeiramente terrível e com um alto nível de crueldade. Ramón taca fogo na casa com todos lá dentro e os espera sair para matá-los como gado, visivelmente se divertindo demais com tudo. As cenas impressionam e podem causar repulsa em algumas pessoas ainda hoje, mas são fundamentais para instaurar um clamor de vingança no espectador, amplificado lentamente durante o período de recuperação do personagem de Clint Eastwood. Deste modo, talvez não se admita, mas os mesmos que se viram enojados à violência da chacina, saboreiam a morte de cada um dos assassinos nas mãos do Sem Nome, adotado pelo espectador como instrumento de retaliação, já não importando mais qual a conduta ou os objetivos do personagem, tampouco que seja tão assassino quanto os outros.
O clímax (homenageado por Robert Zemeckis na Trilogia De Volta Para o Futuro) é exuberante, e demonstra o talento inquestionável de Leone com a câmera, tanto na arte de ampliar detalhes, como na de criar uma atmosfera de tensão e expectativa quase insuportável. A quem não conhece, a seqüência do Sem Nome levando tiro sobre tiro de rifle, caindo, e se levantando sempre, pode ser perturbadora, em vários sentidos. O melhor momento do filme (e talvez o melhor close de toda esta trilogia) é precisamente quando o personagem de Eastwood revela a Ramón o segredo da sua aparente invulnerabilidade. Leone, sem qualquer aviso prévio, nos joga em cima de Gian Maria Volonté. Nós, (no limite do possível) calmos, sentados em nossos sofás atrás da blindagem de vidro da televisão, de repente despencamos adentro de Ramón, assimilando imediatamente tudo que o personagem sente no momento. Com uma imagem, um movimento, Leone consegue o que certos diretores não atingem em toda carreira, e que, em síntese, é a razão de existir do cinema: despertar uma pilha de emoções.
Mesmo que visivelmente inferior aos outros dois exemplares da trilogia, Por um Punhado de Dólares merece todo respeito do mundo por ter posto no mapa Sergio Leone, Clint Eastwood e Ennio Morricone, relevando ainda que o spaghetti western pedia licença para ser notado.
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POR MAIS ALGUNS DOLARES (Per Qualche Dollaro in Più, 1965)
"FOR A FEW DOLLARS MORE"
“Os olhos dele fazem buracos na tela”. Assim Sergio Leone definiu Lee Van Cleef, o homem na pele do Coronel Douglas Mortimer e protagonista efetivo de Por uns Dólares a Mais. Van Cleef é um achado. Depois de tentar Henry Fonda no papel (que recusou pela ainda relativa obscuridade do diretor. Os dois trabalhariam juntos mais tarde, em 1968, na obra-prima Era uma Vez no Oeste), Leone resolveu apostar (assim como fez anteriormente com Clint Eastwood) num desconhecido, acostumado a papéis discretos, incluindo pequenas participações em Matar ou Morrer (Fred Zinnemann, 1952), e em O Homem Que Matou o Facínora (John Ford, 1962). Não se pode dizer exatamente que Van Cleef atua. Quem interpreta seu personagem é a lente da câmera de Sergio Leone. Para ele, resta emprestar o rosto ao personagem. Com feições extremamente marcantes, um olhar que “faz buracos na tela”, e um sorriso entre o escárnio e a arrogância, Lee Van Cleef seria tatuado na história do cinema, tanto aqui, como no filme seguinte, Três Homens em Conflito (O Bom, O Mau e O Vilão).
Em Por uns Dólares a Mais, o Coronel Douglas Mortimer, um caçador de recompensas, chega na cidade de El Paso na esperança de capturar El Índio (Gian Maria Volonté, outra vez, e ainda melhor), um conhecido bandido com carimbo de dez mil dólares na testa, que planeja um assalto ao banco do lugar. No entanto, Sem Nome (desta vez apelidado de “Monco” por editores de jornal) se hospeda no hotel em frente ao do Coronel, também em busca das cabeças de El Indio e seu bando.
O relacionamento dos personagens de Eastwood e Van Cleef é sem dúvida o ponto de gravidade de Por uns Dólares a Mais. Tangenciando entre a rivalidade e um paralelo “pupilo x mestre”, os dois usam um ao outro até o fim. O encontro, na rua principal de El Paso, em frente aos hotéis, é o melhor momento do filme, superando até mesmo o duelo final com El Índio. É um choque, acima de tudo, elegante, de dois personagens muito admirados pelas lentes de Leone até então. E o jogo dos tiros nos chapéus é algo fantástico, literalmente, assim como o tom agradável em que a noite acaba.
Leone ainda flerta aqui com um tema que renderia uma obra de arte três anos mais tarde, em Era uma Vez no Oeste. Quando Sem Nome conversa com o “profeta” em busca de informações sobre seu rival, ouve do velho homem que sua vida fora destruída pelos “malditos trens”, assim como a do Coronel Douglas Mortimer, outrora um valoroso soldado, hoje, reduzido a um carniceiro mercenário. Como no filme de 68, os novos tempos chegam atropelando a calmaria dos antigos, roubando os espaços de homens como os dois no mundo, e enterrando-os, assim como a todo um gênero saturado e gradativamente abandonado no cinema.
Daí a conexão com a revelação do passado de Mortimer e El Índio (e Volonté expressa uma dor na gravidade do olhar talvez só comparável a Humphrey Bogart em No Silêncio da Noite), ampliando-se, ainda, numa reflexão quanto ao destino não apenas destes dois e de Sem Nome, mas do resto dos personagens de toda trilogia, talvez não apenas estrita e deliberadamente o que são pelo que são, mas levados ao gatilho do revólver como único meio de sobrevivência. Como revela a conversa de Tuco com o irmão, em Três Homens em Conflito, quando diz a ele que o que restava para eles era abraçar ou uma arma ou a bíblia, e que seu irmão escolheu o segundo caminho apenas por não ter coragem de optar pelo primeiro.
No Velho Oeste de Sergio Leone, os homens ou caçavam uns aos outros, ou se enclausuravam numa sacristia, ou morriam de fome.
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O BOM, O MAU E O VILÃO (Il Buono, il Brutto, il Cattivo, 1966)
"THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY" (Três Homens Em Conflito).
“O Bom, O Mau e o Feio”, conforme tradução literal do título italiano, é uma grande brincadeira e uma sentença final de Sergio Leone quanto a definições de caráter: não há definições de caráter. Todos são iguais perante Deus, todos são iguais perante o ouro. Assim como quando Sem Nome (aqui apelidado de “Blondie”, mas que continua podendo tranqüilamente ser chamado de “grandessíssimo filho da mãe”) deixa Tuco amarrado pra morrer no deserto sem qualquer motivo explícito, este devolve na mesma moeda saboreando a vingança enquanto arrasta o homem por 200 km de sol e areia, e que, por sua vez, quase morre de pancada nas mãos do “Angel Eyes”.
No filme, “Angel Eyes/O Mau” (Lee Van Cleef), em mais um dia duro de trabalho, descobre a pista de uma fortuna em ouro. Tudo que ele tem é um nome, e vai cruzar um solo americano crestado pela Guerra Civil atrás dele. Neste meio tempo, enquanto “Tuco/O Feio/Vilão” (Eli Wallach) arrasta “Sem Nome/O Bom” (Clint Eastwood) por um deserto, o primeiro descobre que o ouro está enterrado num cemitério, mas apenas o segundo sabe o nome da tumba onde ele está. Com uma metade do segredo cada um, os dois não têm outra alternativa a não ser partirem juntos em busca do ouro. No entanto, fatalmente encontram Angel Eyes pelo caminho.
Embora o filme mais politizado de Leone seja mesmo Quando Explode a Vingança, em Três Homens em Conflito ele faz questão de opinar sobre a guerra (o mesmo erro fotocopiado através da história e por todo sempre), quando a coisa no Vietnam já comia adoidada. Algumas falas são históricas. “A única coisa em comum entre os do lado de cá, e os do lado de lá, é o cheiro do álcool”, segundo o capitão na batalha pela ponte. Ou ainda: “nunca vi tantos bons homens desperdiçados”, numa rara emissão de opinião do Sem Nome sobre o que se passa a sua volta. Ainda que os pistoleiros do faroeste perdessem suas vidas a troco de umas moedas ou um par de botas, os homens na ponte e os homens no Vietnam perdiam as suas a troco de nada.
Já muito à vontade no seu terceiro western, Leone esbanja humor negro. Três Homens em Conflito é quase uma comédia. Até Sem Nome carrega na ironia ao abandonar Tuco no deserto. “Quanta ingratidão depois de todas as vezes que eu salvei a sua vida”. No final, ao jogar os objetos de um morto junto com ele pra cova, e ainda quando Tuco é focado através do nó da corda no cemitério. A primeira aparição de Tuco na tela, aliás, é algo fora de série. O grande momento sem dúvida é dele, ao proferir uma frase que poderia jogar por terra metade dos filmes com vilões prolixos e megalômanos que discursam ou armam parafernálias absurdas que sempre dão o tempo exato para o herói se salvar. “Quando tiver que atirar, atire, não fale”. Ora, reparem, isso é uma filosofia de vida, quase uma religião.
O mais interessante, especialmente na cena citada, é que apesar de Tuco ser um desgraçado impiedoso, acabamos de certo modo torcendo por ele (ou talvez eu que seja um sádico doentio, mas prefiro acreditar na simpatia do personagem). Algo que se deve muito ao desempenho magnífico de Eli Wallach no papel. E o mais fantástico, o oposto do “Bom”, na visão de Leone, não é o “Mau”, mas o “Feio”. Assassinos são todos, em maior ou menor grau (se é que é certo estabelecer graduação), mas o Sem Nome com aquele jeitão mitificado de quem só fala quando precisa, encontra no Tuco uma personalidade absolutamente contrária (além da disparidade física). Tuco e Sem Nome, pessoas tão diferentes, terminaram afunilados no mesmo rastilho de sangue do velho oeste, quando em outro contexto (lembrando novamente da conversa que o personagem de Wallach tem com seu irmão) estariam livres para seguirem caminhos dispersos.
Muitos consideram este o auge de Ennio Morricone (que está prestes a completar 80 anos de idade). Apesar de eu pessoalmente preferir a trilha de Era uma Vez no Oeste, é inegável que em Três Homens em Conflito ele estivesse tão arrepiante quanto, muito disso porque Sergio Leone sabia exatamente o que fazer para dar a estrela da cena à música do maestro italiano, seguramente o compositor mais genial que já serviu ao cinema. Como quando Tuco corre pelo cemitério em busca da cova de Arch Stanton com L’estasi Dell’oro estourando; cena que invade, arranca e arrasta o espírito de quem assiste. E talvez nem fosse necessário, mas falar de Morricone sem citar a música-tema é não falar coisa alguma. Este é um daqueles casos em que a canção é assoviada por gente que nunca passou nem perto de assistir Três Homens em Conflito, quando o poder e o mistério de uma melodia ultrapassam tudo, até mesmo o filme para o qual ela foi composta.
O truelo final é um absurdo. E muito didático também. É quando todo aquele talento sobrenatural do Leone de manipular pequenos detalhes e criar um ambiente de tensão insuportável, do qual eu falava lá em cima, dispensa todas as palavras. São cinco minutos de Eli Wallach, Lee Van Cleef e Clint Eastwood. Ou melhor. São cinco minutos de gestos, olhos, dedos, dedos inteiros, revólveres e coldres de Eli Wallach, Lee Van Cleef e Clint Eastwood. Tudo em função de criar uma bolha de expectativa que vai se comprimindo sobre o espectador até quase esmagá-lo. E o mais incrível é que o desfecho é relâmpago: quem piscou, não viu.
O Bom, O Mau e o Vilão / Três Homens em Conflito é indiscutivelmente o pico da Trilogia dos Dólares. É um épico. O filme que resgatou toda uma geração de passar a infância sonhando com duplas de tiras e motores V8. Talvez, o filme máximo para quem buscou no western uma viagem no tempo de umas fantásticas três horas de muito mais do que diversão, mas de história sendo feita.
O que mais impressiona na filmografia de Sergio Leone, é a espetacular evolução de um filme para outro. Cada um representa um salto (embora eu não possa representa-lo nas notas abaixo – isto para quem se importa com notas), ascendência que se mantém inviolável de Por um Punhado de Dólares (1963) a Era uma Vez no Oeste (1968), primeiro capítulo da Trilogia da América, composta ainda pelo sobrenatural Quando Explode a Vingança, de 1971 (cujos primeiros vinte minutos são das coisas mais geniais já feitas, e que possui ainda uma ruptura maravilhosamente chocante por volta da metade) e Era uma Vez na América, de 1984 (obra-prima absoluta, melhor filme de máfia que existe, e quase tão perfeito quanto Era uma Vez no Oeste).
A Trilogia dos Dólares é, inteira, uma poesia épica em homenagem à violência, à imoralidade, à ausência de escrúpulos, à ganância e a um dos tempos e lugares mais selvagens de toda história. Primeira metade da grande e definitiva ópera de sangue composta através da filmografia do mestre italiano. Quem nunca brincou de meter bala em traseiro de gringo safado, portanto, que atire a primeira pedra. Mas se atirar, ahhh, amigo… é bom que acerte.
CURIOSIDADES :
O cineasta italiano Sergio Leone (1929 — 1989) ficou conhecido mundialmente por popularizar o gênero cinematográfico do western spaghetti(ou bang-bang á italiana)nos anos 60 e 70.Eram produções italianas(embora houvessem alemães,franceses e espanhóis na produção) de filmes cuja temática era o faroeste americano.Houve uma explosão desse tipo de filme,por que nos EUA já tinham parado de produzir.
Uma dos feitos de Sergio Leone é ter criado a trilogia dos dólares,compostas pelos seguintes filmes:Por um punhado de dólares, Por uns dólares a mais e Três homens em conflito (O Bom, O Mau e o Vilão).
•O filme Per un pugno di dollari (Por um punhado de dólares) ( 1965) o primeiro da trilogia dos dólares é considerado o primeiro western spaghetti,mas já haviam sido produzidos outros 25 filmes de western na Itália,mas esse foi o primeiro com lançamento internacional;
•Clint Eastwood estrela todos os 3 filmes da trilogia,como um personagem sem nome(quando se referem a ele nos filmes é sempre um apelido);
•Sergio Leone dizia que Clint Eastwood só tinha duas expressões faciais:Com chapéu e sem chapéu;
•Clint Eastwood não fumava,mas seu personagem fuma em todos filmes da trilogia
•Per un pugno di dollari foi baseado no filme japonês Yojimbo (1961) de Akira Kurosawa.O filme era tão semelhante que Kurosawa processou Leone e ganhou 15% do filme em todo o mundo os direitos exclusivos de distribuição e bruto para o Japão, Taiwan e Coréia. Kurosawa disse mais tarde que ele fez mais dinheiro com estes direitos do que ele em Yojimbo
•Sergio Leone e Ennio Morricone,o gênio que compôs as musicas dos seus filmes e de vários outros,eram colegas de classe quando crianças;
•Além de Clint Eastwood , é claro, os atores Mario Brega , Benito Stefanelli , Aldo Sambrell , e Antonio Molino Rojo são os únicos atores a aparecer em todos os 3 filmes da "Trilogia de Dólares"
•Os personagens de Mario Brega morrem em todos filmes da trilogia,no primeiro filme,o personagem dele morre esmagado por um Barril,no segundo o personagem dele é esfaqueado nas costas e no terceiro ele bate a cabeça contra as rochas numa fuga;
•Em Por uns dólares a mais (1965) Por uns Dólares a Mais ,Clint Eastwood esse personagem chama Lee Van Cleef de "homem velho ", enquanto Van Cleef chama Eastwood de " rapaz ". Na realidade, Clint já tinha 35 anos e Lee apenas 40 anos quando este filme foi feito.
•O filme Il Buono, il Brutto, il cattivo (1966) foi traduzido no Brasil como Três homens em conflito,mas a tradução literal dele seria "O bom,o mau e o feio".Anos mais tarde foi assim que esse filme foi traduzido
•Em O bom,o mau e o feio , o "feio"(Eli Wallach) é o personagem que mais aparece no filme,embora o "bom" (Eastwood") seja considerado o astro.
•Eli Wallach foi quase decaptado por um trem numa cena de O bom,o mau e o feio.
•Assista essa cena abaixo,ela é uma das mais lindas da trilogia e é uma das ultimas de O bom,o mau e o feio.O cachorro foi colocado de próposito,sem o conhecimento do protagonista da cena,("o feio").Foi ideía de Sergio leone,pra a cena não ficar tão melosa
•Sergio Leone tambem criou outra trilogia,a trilogia do "Era uma vez…" ,composta pelos filmes Era Uma vez no Oeste, Giù la testa, e Era uma vez na América.
•Em de volta para o futuro 3,Marty McFly se apelida de Clint Eastwood e a cena do duelo final entre Marty e Bufford "cachorro louco" Tannen é semelhante a do filme Por um punhado de dólares.
•O Poncho usado em por Eastwood nos 3 filmes da trilogia nunca foi lavado.

AS SEIS (6) GRANDES OBRAS CINEMATOGRÁFICAS DE SERGIO LEONE


AS SEIS (6) GRANDES OBRAS CINEMATOGRÁFICAS DE SERGIO LEONE
Antes de ser diretor de cinema, Sergio Leone trabalhou como assistente de direção e diretor de fotografia, mas foi como diretor (realizador) que se notabilizou como cineasta.
Na sua obra cinematográfica como diretor existem seis (6) películas que se destacam de todas as outras e que foram fundamentais para consolidar a sua fama de grande génio, obras essas que são de uma certa forma compostas por duas trilogias, a trilogia dólares e a trilogia américa.
Estas são as seis (6) obras cinematográficas fundamentais de Sergio Leone :
1964 - A Fistful of Dollars
1965 - For A Few Dollars More
1966 - The Good, The Bad And The Ugly
1968 - Once Upon A Time In The West
1971 - A Fistful of Dynamite
1984 - Once Upon A Time In America

A HISTÓRIA DO ITALO-WESTERN / WESTERN SPAGHETTI

A HISTÓRIA DO ITALO-WESTERN, MAIS CONHECIDO POR SPAGHETTI-WESTERN
O que é um spaghetti western (faroeste italiano) ?
O spaghetti-western nasceu na primeira metade dos anos sessenta e durou até à segunda metade dos anos setenta. Esta designação deve-se ao facto de que a maioria destes filmes terem sido realizados e produzidos por italianos, frequentemente em colaboração com outros países europeus, principalmente Espanha e Alemanha. O nome 'spaghetti-western' foi originalmente um termo depreciativo, dado pela crítica estrangeira a estes filmes, que consideravam inferiores aos westerns americanos. A maioria dos filmes foram feitos com orçamentos baixos, mas vários conseguiram ainda assim ser inovadores e artísticos, ainda que nesse período não tenham recebido muito reconhecimento, até mesmo na Europa. Na década de oitenta a reputação do género cresceu e actualmente o termo não é já usado de forma depreciativa. Ainda assim alguns italianos preferem continuar a chamar-lhes ‘western all’italiana’ (westerns à italiana). No Japão, eles são chamados ‘Macarroni westerns’, na Alemanha ‘Italowestern’ e "Chourizo Western" em Espanha.
O que há de tão especial nele?
É muitas vezes afirmado que o género surgiu como resposta ao enorme sucesso de Sergio Leone, Por um punhado de dólares (1964), uma adaptação de um filme de samurais japonês chamado Yojimbo (Akira Kurosawa, 1961). Mas um punhado de westerns haviam já sido feitos em Itália antes que Leone redefinisse o género. E os italianos nem foram os primeiros a fazer westerns na Europa na década de sessenta. Na Alemanha, uma série de westerns de imenso sucesso baseados na obra de Karl May haviam já sido produzidos. Sendo que o primeiro western europeu a ter pelo menos alguns dos ingredientes normalmente associados ao 'western spaghetti', foi feito sem qualquer envolvimento italiano, tratando-se de uma co-produção Inglesa/Espanhola: Tierra brutal (Michael Carreras, 1962).
Mas foi certamente Sergio Leone que definiu o olhar e a atitude do género, com seu primeiro western Por um punhado de dólares (1964) e os dois que se seguiriam: Por mais alguns dólares (1965) e O Bom, o mau e o vilão (1966). Reunidos, esses filmes são usualmente designados ‘A Trilogia dos dólares’. O oeste de Leone era um deserto poeirento de aldeias caiadas de branco, ventos uivantes, cães magricelas e cínicos heróis - tão barbudos como os vilões.
Todos os três filmes tiveram bandas sonoras compostas por Ennio Morricone, a sua música era tão pouco comum quanto as imagens de Leone: ele não só utilizava instrumentos como a trompete, a harpa e a guitarra eléctrica, mas também adicionava assobios, chicotes e tiros à mistura - descrito por um crítico como uma "rattlesnake in a drumkit”. Morricone haveria de compor mais de 30 bandas sonoras para westerns italianos e foi um factor chave para o sucesso do género.
Em geral os westerns-spaghetti são mais orientados para a acção do que suas parceiros americanos. Os diálogos são escassos e alguns críticos têm apontado que foram construídos como óperas, utilizando a música como um ingrediente ilustrativo da narrativa. Durante anos os westerns haviam sido chamados de 'horse opera’, mas como o professor de estudos culturais - Christopher Frayling - salientou, foram os italianos a demonstrar o que o termo realmente significa.
Nessa época bastantes westerns foram lançados, muitos deles bastante violentos, o que lhes valeria diversos problemas com a censura. Levando-os a ser cortados ou mesmo proibidos em determinados mercados. Muitos destes westerns-spaghetti têm como palco a fronteira Americano-Mexicana e continham bandidos mexicanos sádicos e barulhentos. A Guerra Civil Americana e as suas consequências são outro panorama frequentemente usado. Em vez dos usuais nomes como Will Kane ou Ethan Edwards, os heróis muitas vezes têm nomes estranhos como Ringo, Sartana, Sabata, Johnny Oro, Arizona Colt ou Django.
O género é inegavelmente um género católico (alguns nomes frequentemente usados são Aleluia, Cemitério, Trindade e Água Benta Joe!), com um estilo visual fortemente influenciado pela iconografia católica. Por exemplo: a crucificação, a última ceia ou o ecce homo (Eis o homem). A surreal extravagancia Django mata! (Se sei vivo, Spara, 1967) de Giulio Questi, um ex-assistente de Fellini(!), tem como herói um tipo ressuscitado que testemunha o Dia do Julgamento numa empoeirada cidade ocidental.
As cenas exteriores de muitos westerns-spaghetti, especialmente aqueles com um orçamento relativamente maior, foram filmadas em Espanha. Especialmente no deserto de Tabernas (Almeria, Andaluzia), Colmenar Viejo e Hoyo de Manzanares (perto de Madrid). Na Itália, a província de Lazio (arredores de Roma) foi o local favorito. Alguns westerns-spaghetti foram também filmados nos Alpes, Norte de África ou Israel. Já as cenas de interiores eram geralmente filmadas nas cidades western dos estúdios de Roma, como o Cinecittà ou o Elios. Os estúdios Elios continham também uma "cidade mexicana" próxima da "cidade americana".
Uma breve história
# Primórdios
Os westerns sempre foram populares em Itália. Alguns westerns foram mesmo produzidos durante a Segunda Guerra Mundial, quando o governo fascista excluía os westerns americanos dos cinemas italianos. Como é o caso Il Fanciullo del West (1942) de Giorgio Ferroni, que haveria de realizar diversos westerns-spaghetti durante o auge do género. Mas na década de sessenta a ausência de westerns americanos nos cinemas europeus tinha outra razão: alguns dos mais importantes realizadores do género, como John Ford ou Anthony Mann haviam sido relegados para trabalhos na televisão.
Os filmes baseados na obra de Karl May criaram um contexto cultural e financeiro interessante para a produção em larga escala de westerns na Europa. Os primeiros exemplares de westerns italianos produzidos nos anos sessenta, assemelhavam-se com westerns americanos de série B, com elencos e equipas escamoteadas atrás de pseudónimos americanos. “Por um punhado de dólares” de Leone foi produzido simultaneamente com Le Pistole non discutono de Mario Caiano. Enquanto Leone redefinia o género western, Caiano contava uma história clássica ocidental sobre o xerife Pat Garret, e quando Caiano contratava um veterano actor americano (Rod Cameron), Leone escolhia um actor jovem chamado Clint Eastwood.
Numa fase em que o género ainda estava na sua infância, muitos dos filmes produzidos nesse ano de transição – 1965 – misturavam influências americanas com italianas. Filmes esses como Uma pistola para Ringo e O regresso de Ringo ambos realizados por Duccio Tessari e com Giuliano Gemma, a primeira mega estrela italiana do género. Leone chegou ainda a assinar a versão internacional de “Por um punhado de dólares” com o pseudónimo americanizado Bob Robertson. O primeiro italiano a assinar um western-spaghetti com o seu próprio nome seria Sergio Corbucci, em Seis balas assassinas (1965).
# Os anos de Glória: 1966 - 1968
Neste breve período foi feita a maioria dos filmes que se tornariam clássicos. Em 1966 Leone fez O Bom, o mau e o vilão, geralmente considerado como o spaghetti-western por excelência, e agora considerado por muitos como o melhor western já feito. Outro marco foi o pioneiro Django de Sergio Corbucci (muitas vezes chamado de "o outro Sergio"), que se tornou no protótipo do conto de vingança e gerou diversos filmes com 'Django' no título. Em 1968, esses dois realizadores mostraram mais duas obras-primas indiscutíveis do género: Leone fez o lendário Aconteceu no oeste, o primeiro western-spaghetti a atrair a atenção dos chamados críticos “sérios”, e Corbucci fez o devastador O grande Silêncio , que foi totalmente filmado na neve e subverteu praticamente todas as convenções de género, entre eles o cliché de que o bonzinho sempre vence no final.
Outro realizador do período dourado do género foi Sergio Sollima (o terceiro Sergio), o mais intelectual e politicamente empenhada de todos os realizadores do western-spaghetti. O seu O grande pistoleiro (1966), com Lee van Cleef - que também apareceu em dois dos três filmes da Trilogia do Dólar - é um conto sobre a luta de classes, bem como uma desconstrução da mitologia do pistoleiro da lei. Cara a cara (1967) é a história de um professor da faculdade de New England, que viaja para o sul e descobre seu instinto violento quando está refém de um bandido. O professor é interpretado por Gian Maria Volonté - outro veterano de Leone - enquanto o bandido é desempenhado pelo actor cubano-americano Tomas Milian.
Volonté também apareceu no "Mercenário - Quién sabe?" (1966) de Damiano Damiani, um filme que deu o mote para uma série de westerns políticos com acção no México, durante as várias revoluções mexicanas, os chamados "westerns Zapata” (ocasionalmente chamados de "tortilla-westerns). Tomas Milian haveria de aparecer em muitos desses westerns Zapata, sempre como um peão, um agricultor mexicano feito revolucionário. Nas suas próprias palavras, ele tornou-se num "símbolo da pobreza e da revolução". Situado no México, e filmado num estilo barroco ocidental, os westerns Zapata pareciam no entanto mais preocupados com politicas europeais do que americanas (do Norte ou Latinas).
Na década de sessenta os ideais marxistas estavam largamente difundidas entre os intelectuais europeus, especialmente nos países do Mediterrâneo, e os westerns Zapata pareciam reflectir as ideias revolucionárias que viviam dentro deles. Sendo mais sofisticados e intelectuais que a maioria dos westerns "comuns", os Zapata westerns eram populares entre os estudantes. Mas eram também muito populares entre o público do terceiro mundo. Entre os melhores Zapatas estão Tepepa de Gulio Petroni e, O pistoleiro profissional de Sergio Corbucci (ambos lançados em 1968).
1969 mostrou um declínio no número de westerns produzidos, e uma tendência para parodiar o género, já anunciado no ano anterior mas agora mais evidente, especialmente nos filmes da saga Sartana - muitas vezes chamados como a resposta do western-spaghetti aos filmes de James Bond.
# Período cómico
Em 1970, Enzo Barboni, que havia sido o director de fotografia no Django de Corbucci, fez Trinitá, o Cowboy insolente. O que era paródia tornava-se agora palhaçada, e o filme tornou-se um êxito estrondoso em todo o mundo. Marcando também o início de um novo período dourado, não tanto para o western-spaghetti, mas pelo menos para a indústria cinematográfica italiana. Numerosos westerns cómicos foram produzidos e os actores Terence Hill e Bud Spencer tornaram-se ambos estrelas internacionais. Em geral, os fãs do género western-spaghetti não são grandes apreciadores destas comédias, mas os filmes da saga Trinitá são bastante divertidos, e o segundo filme Continuaram a chamar-me Trinitá foi mesmo o filme mais bem sucedido do western italiano desde o seu surgimento.
Meu nome é ninguém, realizado por Tonino Valerii (supervisionado por Leone), é um devaneio serio-cómico sobre o fim do western. Alguns filmes misturaram também os elementos do western-spaghetti com os filmes de artes marciais de Hong Kong. Normalmente com uma estrela oriental a surgir no faroeste, mas nenhum desses filmes se tornou um verdadeiro clássico.
Ainda que dominados pelos westerns cómicos, alguns westerns sérios foram também produzidos na primeira metade dos anos setenta. Corbucci fez Companheiros, uma espécie de sequela do seu O pistoleiro profissional (1968), enquanto que Leone fez Aguenta-te canalha (1971), um exercício um pouco diferente sobre os westerns-spaghetti políticos.
# Crepúsculo
Quando tudo parecia acabado, o género teve o seu último fôlego com os chamados spaghettis-crepusculares. Westerns sérios, artísticos e melancólicos, que glorificaram (e fizeram o luto) tanto o final do género, como a decadência da indústria western italiana. Estes filmes foram parcialmente filmados nas cidades do oeste - agora em ruínas - dos estúdios romanos que haviam produzido dezenas de westerns em cada ano da década anterior. Dois dos melhores spaghettis-crepusculares são Califórnia de Michele Lupo, com Giuliano Gemma, uma das primeiras e maiores estrelas italianas do género, e Keoma, realizado pelo prolífico Enzo G. Castellari e protagonizado por Franco Nero, que havia representado Django uma década antes.
Hoje
Uma nova geração de cineastas, representada por gente como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez têm redescoberto e abraçado o género, introduzindo elementos nos seus próprios argumentos e desenvolvendo um estilo visual influenciado pelos mestres italianos dos anos sessenta. Ao mesmo tempo, veteranos do cinema como Martin Scorsese, Steven Spielberg, e claro Clint Eastwood, têm confirmado a sua grande admiração por Sergio Leone - que é hoje universalmente reconhecido como um dos maiores cineastas de todos os tempos. Ennio Morricone recebeu em 2007 um um 'Oscar' honorário, pela "sua magnífica e multifacetada contribuição à arte da música para filmes”. Clint Eastwood ficou ao seu lado na cerimónia. Tinham-se encontrado dois dias antes, pela primeira vez em 40 anos. A introdução do DVD nos dias de hoje contribuiu muito para o género, pela primeira vez as novas gerações puderam ver os filmes na sua beleza panorâmica completa. E embora ainda haja muito material perdido, os filmes mais importantes estão agora disponíveis em DVD.

FILMOGRAFIA DE SERGIO LEONE - DIRETOR / REALIZADOR

FILMOGRAFIA DE SERGIO LEONE - DIRETOR / REALIZADOR
1954 – Hanno rubato un tram
1959 – Gli ultimi giorni di Pompei (Os Últimos Dias de Pompéia)
1961 – Il Colosso di Rodi (O Colosso de Rodes)
1962 – Sodom and Gomorrah (Sodoma e Gomorra)
1963 – Il cambio della guardia (algumas cenas)
1964 – Per un pugno di dollari (Por Um Punhado de dólares) (A Fistful of Dollars)
1965 – Per qualche dollaro in più (Por Uns Dólares a Mais) (For a Few Dollars More)
1966 – Il buono, il brutto, il cattivo (Três Homens em Conflito) (The Good, the Bad and the Ugly)
1969 – C'era una volta il West (Era Uma Vez no Oeste) (Once Upon a Time in the West)
1971 – Giù la testa (Quando Explode a Vingança) (Duck, You Sucker / Fistful of Dynamite)
1973 – Il mio nome è Nessuno (Meu Nome é Ninguém), (My Name Is Nobody) * (conceito original)
1975 – Un genio, due compari, un pollo (Trinity e Seus Companheiros), (A Genius, Two Partners And A Dupe)
1984 – Once Upon a Time in America (Era Uma Vez América)

SERGIO LEONE - O CINEASTA GÉNIO ITALIANO

SERGIO LEONE - O CINEASTA GÊNIO ITALIANO
Sergio Leone (Roma, 3 de janeiro de 1929 — 30 de abril de 1989) foi um brilhante cineasta italiano da sua geração.
Filho de um antigo industrial do cinema, ele ficou conhecido mundialmente por popularizar o género do western spaghetti. Ele começou com dezoito anos como assistente de direção em filmes de cineastas como Vittorio De Sica, Luigi Comencini e Mervyn LeRoy.
Foi só em 1960 que estreou como diretor em O Colosso de Rodes, mas em 1964 realiza o antológico Por um punhado de dólares, estrelado pelo novato Clint Eastwood. O filme teria duas sequências com o mesmo ator, formando a chamada trilogia dos dólares. Em 1969, já consagrado internacionalmente, finalizaria o seu projeto mais ambicioso até então, o filme Once Upon a Time in the West. Era para ser seu último western como diretor, mas acabaria aceitando realizar mais um da série, o filme Giù la testa, em 1971, também conhecido como Once Upon a Time The Revolutionis. Passando os anos seguintes como produtor, somente em 1984 ele dirigiria seu último grande filme dessa segunda trilogia, conhecida por trilogia da América, e que acabou se tornando também o último filme que dirigiu em sua carreira.
Nos anos 60, quando o cinema italiano era essencialmente voltado para as comédias, Sergio Leone foi um dissidente, primeiro especializando-se em filmes épicos e depois na recriação do Oeste e nos filmes de western. Ele passou treze anos preparando o clássico Era uma vez na América, um épico ganguerista lançado em 1984 no Festival de Cannes.
O Filme Por um punhado de dólares foi baseado no filme Yojimbo de Akira Kurosawa, uma comédia satírica exuberante e impetuosa de Akira Kurosawa sobre a violência. Sergio Leone se inspirou profundamente neste filme e fez o clássico Por um punhado de dólares, com Clint Eastwood.
Foi um dos mais brilhantes cineastas da sua geração e inventor de um estilo em que não faltam lances de pura genialidade. Ele é hoje fonte de inspiração para novos cineastas como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.
Sergio Leone co-produziu e co-dirigiu algumas cenas do filme "My Name Is Nobody" com Terence Hill lançado em 1973, e "A Genius,Two Partners And A Dupe" lançado em 1975 novamente com Terence Hill, co-dirigido por Damiano Damiani, mas devido a desentendimentos com a produtora e os investidores acabou por se afastar do projecto que foi depois entregue ao diretor Tonino Valerii, no primeiro caso, e a Damiano Damiani no segundo, acabando Sergio Leone por ser creditado apenas como o autor do conceito original sem referencias à co-produção e co-direção em ambos os projectos.
Sua sepultura está localizada no cemitério Campo di Verano, Roma.
FILMOGRAFIA :
1954 – Hanno rubato un tram
1959 – Gli ultimi giorni di Pompei (Os Últimos Dias de Pompéia)
1961 – Il Colosso di Rodi (O Colosso de Rodes)
1962 – Sodom and Gomorrah (Sodoma e Gomorra)
1963 – Il cambio della guardia (algumas cenas)
1964 – Per un pugno di dollari (Por Um Punhado de dólares) (A Fistful of Dollars)
1965 – Per qualche dollaro in più (Por Uns Dólares a Mais) (For a Few Dollars More)
1966 – Il buono, il brutto, il cattivo (Três Homens em Conflito) (The Good, the Bad and the Ugly)
1969 – C'era una volta il West (Era Uma Vez no Oeste) (Once Upon a Time in the West)
1971 – Giù la testa (Quando Explode a Vingança) (Duck, You Sucker / Fistful of Dynamite)
1973 – Il mio nome è Nessuno (Meu Nome é Ninguém), (My Name Is Nobody) * (conceito original)
1975 – Un genio, due compari, un pollo (Trinity e Seus Companheiros), (A Genius, Two Partners And A Dupe)
1984 – Once Upon a Time in America (Era Uma Vez América)